Na página de entrevistas da semana, conversamos com Otávio Valente, da Lima Valente Transportes, que tem uma visão bastante real frente ao cenário atual que nosso país vive.
Para Otávio, a falta do pagamento emergencial, agravada com o desemprego, tornou cada vez mais difícil a atividade dele no transporte de cargas.
“A situação agravou porque o consumo caiu velozmente sem o dinheiro do auxílio emergencial prometido pelo governo; a economia não gira se as pessoas não comprarem, não consumirem. E o custo disso caiu no transporte: se não tem comprador, você vai vender prá quem?” lamenta o diretor do Settrim.
Para Otávio, o grande vilão provocador desse cenário é a Petrobrás através de seus constantes aumentos do diesel. “Não dá pra você fazer um planejamento a médio prazo porque os aumentos são muito constantes, se não for esperto perde dinheiro, tem que pagar para trabalhar, eu tenho colega que está amargando prejuízos para não perder o cliente e na esperança de que as coisas melhorem logo.” diz Otávio.
O boom das compras online é outro fator que compromete a atividade do transporte: “Com o comércio fechando as portas às oito da noite, o trabalhador ficam sem horário para fazer suas compras, então ele prefere esperar chegar em casa, ligar o computador e comprar o que precisa pela Internet. ”explica Otávio Valente.
Como empresário que acompanha bem de perto os altos e baixos da nossa economia e seus reflexos na área de transportes de cargas, Otávio acha que ainda pode existir um luz para tudo: “Essa pandemia não veio para ficar, uma hora tem que ir embora, o jeito é procurar as brechas que o mercado oferece e ir à luta. O transporte de cargas não pode, e não vai parar, de forma nenhuma” termina Otávio.
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