Um dos presentes foi o empresário do setor de transportes e logística e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS (Setlog/MS), Cláudio Cavol
Ao lado de Marquinhos Trad, empresários de Mato Grosso do Sul foram até Assunção no Paraguai, na última segunda-feira (21) para tratar sobre acordos entre os dois países e estreitar parcerias. Um dos objetivos é consolidar Campo Grande como a Capital da RILA (Rota de Integração Latino-Americana) e facilitar o tráfego pelas aduanas da América do Sul.
Um dos presentes foi o empresário do setor de transportes e logística e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS (Setlog/MS), Cláudio Cavol. Segundo ele, a RILA possui uma grandeza extraordinária e poderá ligar cultura, economia e o turismo das regiões. “O povo sul-mato-grossense e o povo paraguaio terão muito a ganhar com a Rota de Integração Latino Americana e esse foi um dos motivos pelo qual o ramo fez questão de acompanhar o prefeito Marquinhos Trad, para que ele tivesse o apoio necessário dos empresários do Estado na efetivação dessa integração com o Paraguai”, afirmou.
Cavol explica que as dificuldades enfrentadas pelo setor do transporte são quase as mesmas todos os anos. “No transporte e logística a burocracia é ainda maior. A carga tributária é altíssima e todos os dias temos que conviver com legislações diferentes em cada Estado. Cada região tem as suas próprias normas, sua própria legislação, uma infinidade de licenças que temos que tirar para que nossos caminhões estejam rodando pelas estradas”, explica. O empresário destaca ainda as perspectivas para este primeiro semestre: “Neste momento o setor vislumbra um pequeno aquecimento no transporte rodoviário de cargas neste início de ano. Esperamos que o setor agrícola aqueça ainda mais esse setor de transportes”, diz.
Com o preço do litro se aproximando dos R$ 7 em Campo Grande, e ultrapassando essa média em alguns municípios do Estado, Cavol lamenta que esse é um dos maiores problemas para o setor. “O aumento do preço do petróleo evidentemente prejudica o setor, assim como outros, que dependem de gasolina, diesel e etc. Todos somos prejudicados. Os custos aumentam muito e não conseguimos repassar a nossa totalidade os aumentos, pois é o setor mais concorrido”, lamenta.
O profissional complementa que com o acordo do RILA, o setor de transportes e logísticas tem muito que comemorar. “Esperamos que com esse projeto do RILA, nossos motoristas levem o mínimo de tempo, trazendo prosperidade a MS. Precisamos continuar atentos para que isso ocorra o mais rápido possível, pois sem a pressão da sociedade civil organizada, o Estado é mais ‘moroso’, e precisamos que isso seja ágil para que proporcionem essas mudanças rapidamente e que todos possam usufruir desse progresso”, ressalta.
Com a criação da RILA a expectativa é renovar e fortalecer a integração regional dos territórios, ampliar e diversificar as relações comerciais e promover novas oportunidades de investimento, emprego e renda, contribuindo para a melhoria das condições de vida dos cidadãos de ambos os países.
“A RILA promoverá o desenvolvimento e o progresso de toda a região: Paraguai, Brasil, Argentina e Chile. Estreitar as relações entre os dois países só traz benefícios culturais e econômicos para ambos. Gera emprego e renda para nossa gente. Fomos recebidos por onze senadores, três ex-presidentes e sete ministros. O presidente do Paraguai está acompanhando tudo e comparou o ato a parceria em Itaipu”, declarou o prefeito Marquinhos Trad.
Os setores que vão se beneficiar e que buscam garantir grandes contribuições por meio da colaboração são a indústria, o comércio e a prestação de serviços, além do apoio ao agronegócio. Da mesma forma, buscam gerar oportunidades de investimento, emprego e renda, intercâmbio turístico, infraestrutura, mobilidade urbana e transporte. Além disso, o projeto tem por objetivo fortalecer os laços de amizade entre os povos e assegurar o intercâmbio e a aproximação, levando em consideração a influência da cultura guarani em todo Mato Grosso do Sul, fruto dos mais de 300 mil paraguaios e descendentes, sendo 80 mil residentes em Campo Grande.
O trabalho que será realizado pelas autoridades designadas para o RILA deve superar as barreiras burocráticas aduaneiras. Enquanto isso, eles mencionaram que deveriam analisar a criação de novas zonas de livre comércio, Assunção como um hub de logística aérea com distribuição de voos e o envolvimento de procedimentos alfandegários e centros de controle integrados.
Fonte: A Crítica
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