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Por que o preço da gasolina aumentou mesmo com o dólar estável?



Nos últimos dias, o dólar tem se mantido em relativa estabilidade, na casa dos R$ 5 (hoje abriu o dia em R$ 5,22). No primeiro semestre deste ano, a moeda norte-americana ainda teve recuo de 4,13% em relação ao real. Porém, mesmo com a influência do dólar na cotação dos combustíveis, a Petrobras não deixou de aumentar os preços da gasolina e do diesel nas refinarias no começo deste mês: o acréscimo foi de R$ 0,16 (6,3%) e R$ 0,10 (3,7%) o litro, respectivamente.


O valor médio da gasolina no Brasil é de R$ 6,15 e do diesel, R$ 4,73, de acordo com a Ticket Log, empresa de gestão de frotas. A gasolina mais cara do país é a do Acre, onde alcança os R$ 7, segundo a Associação Nacional de Petróleo (ANP).


Mas, por que o preço da gasolina subiu após o recuo e durante a relativa estabilidade do dólar?

Paulo Feldmann, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA - USP), explica que diversos fatores influenciam no preço final do combustível. Entre eles estão os impostos e as despesas com distribuição, além de um dos mais importantes: a relação de oferta e demanda do produto.


O especialista lembra que o preço do petróleo é estabelecido em forma de cartel pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e isso também influencia nas altas dos combustíveis. "Os produtores combinam o valor entre eles e visam o lucro".


Como já dito, os preços da gasolina e diesel são formados por diversos fatores, e Feldmann explica que não há como mudar a política que constitui esses valores. "Vivemos em uma economia globalizada. São cotações internacionais que valem em todos os países, e o Brasil não pode praticar o preço de outra forma. Até porque nós também exportamos um pouco de petróleo".


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